terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Seminário On line: Como utilizar e mediar tecnologias, sejam elas digitais ou eletrônicas, na sala de aula?//Qual é a importância da mediação pedagógica nesse contexto?

MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E O USO DA TECNOLOGIA

(Marcos T.Masetto)

O autor propõe “discutir” o uso da tecnologia como mediação pedagógica. Por novas tecnologias em educação, é considerado o uso da Internet, do CD-ROM, da multimídia, de ferramentas para educação a distância como chats, grupos ou listas de discussão, etc. Essas novas tecnologias cooperam para o desenvolvimento da educação em sua forma presencial e também para o processo de aprendizagem a distância.

Tecnologia, avaliação e mediação pedagógica. Tendo o processo de avaliação como motivador da aprendizagem, são necessários alguns pontos básicos:

· Recolocar o processo de avaliação, considerando como um processo integrado ao processo de aprendizagem;

· Alterar a cultura dos alunos e a prática dos professores que se relacionam com a avaliação como meio de se obter ou de se dar uma nota para passar, e que nem sempre está relacionado com a aprendizagem a ser adquirida;

· O importante é que se veja a avaliação como um processo de feedback ou de retroalimentação que traga ao aprendiz informações necessárias, oportunas e no momento em que ele precisa para que desenvolva sua aprendizagem; etc.

O professor como mediador pedagógico, deve desenvolver algumas características:

1. Num processo de ensino, estará mais voltado para a aprendizagem do aluno, assumindo que o aprendiz é o centro desse processo e em função dele e de seu desenvolvimento é que precisara definir e planejar as ações.

2. Professor e aluno constituem-se como célula básica do desenvolvimento da aprendizagem, por meio de uma ação conjunta, ou de ações conjuntas em direção à aprendizagem; de relações para se colocar no lugar do outro seja no momento de dúvidas, erros, seja nos momentos de avanço e de sucesso.

3. Co - responsabilidade e parcerias são atitudes básicas incluindo o planejamento das atividades, sua realização e avaliação.

4. Consideração do aluno como adulto ,quando nos encontramos no ensino superior.É preciso criar um clima de mútuo respeito para com todos os participantes ,dar ênfase em estratégias cooperativas de aprendizagem.

5. Domínio profundo de sua área de conhecimento, demonstrando competência atualizada quanto às informações e aos assuntos afetos a essa área, para que não se valoriza apenas uma perspectiva metodológica a ser empregada ou uma atitude que venha a cair no vazio.

6. Criatividade, como uma atitude alerta para buscar, com o aluno, soluções para situações novas e inesperadas, e ter presente que cada aluno é um aluno, diferente do outro.

7. Disponibilidade para diálogo. Com as novas tecnologias, o diálogo tornar-se-á muito mais freqüente e contínuo, com outra dimensão de espaço e tempo.

8. Subjetividade e individualidade.

9. Comunicação e expressão em função da aprendizagem, no uso das novas tecnologias.

Na prática, acontecerá essa mediação pela expressão e comunicação. Excepcionalmente para transmitir informações; mais comumente para dialogar e trocar experiências; para debater dúvidas e lançar perguntas orientadoras; para motivar o aprendiz e orientá-lo nas carências técnicas ou científicas; para propor desafios reflexões e situações-problema; para ajudar o aprendiz a comandar a máquina.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

IMPACTOS DAS TECNOLOGIASDE INFORMAÇÃO SOBRE OS DEFICIENTES VISUAIS

(José Antonio dos Santos Borges)

A tecnologia para os deficientes visuais a partir dos anos setenta; no caso dos deficientes visuais, desde o surgimento do Braile, nos anos de 1850, pouquíssimo aparatos tecnológicos foram introduzidos até os anos de 1970, em que uma explosão de artefatos surgiu numa rapidez espantosa, a reboque do desenvolvimento da tecnologia de eletrônica, computação e comunicações. O pavio que fez explodir a disseminação desses novos artefatos foi a Guerra do Vietnã.

Foram criadas as primeiras máquinas de impressão mecânicas manuais de Braille (Perkins). Desenvolveram-se, nesta época, os primeiros programas para transcrição Braille por computador, que diminuíram muito as dificuldades de reprodução de material em Braille. A maior parte dos desenvolvimentos para deficientes foi criada, na verdade, como uma evolução ou adaptação e combinação tecnológica de itens preexistentes em outras áreas.

Neste sentido, um scanner, gerado em principio para transformar imagens impressas para a forma digital, é acoplado a um software de reconhecimento ótico de caracteres e a um sintetizador de voz, tornando-se uma máquina de leitura de livros em voz.

Desafios da implantação das tecnologias de computação para deficientes visuais no Brasil. A primeira mudança, com pouco impacto sobre as instituições tradicionais, foi a grande disseminação dos gravadores cassetes portáteis ao final dos anos de 1970, dando origem a uma série de pequenas instituições especializadas em manter bibliotecas sonoras de textos gravados em fita.

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a partir dos anos de 1980, houve uma mudança completa na estrutura de financiamentos das instituições, em virtude das crises mundiais provocadas pela globalização, obrigando a busca de novas parcerias e novas atividades para que as instituições de cegos pudessem se manter.

Os paradigmas utilizados no Dosvox é que são importantes. Era interessante criar um sistema que pudesse ser utilizado por pessoas cegas, sem conhecimento de computação, em um hardware disponível e a custo quase zero.

O uso efetivo da tecnologia não é uma coisa que aconteça apenas porque os programas e equipamentos estão instalados. Existem problemas muito maiores: recursos humanos, conhecimento técnico e aceitação da tecnologia. Esses são os maiores desafios que ainda são agravados pelo fato de terem que ser aplicados num país com a dimensão do Brasil.

Internet e deficientes visuais no Brasil, os primeiros acessos foram feitos com ferramentas especialmente criadas e que praticamente tutoravam o acesso. Uma associação entre o Projeto Dosvox, e a Rede Nacional de Pesquisa viabilizou, através do projeto Intervox, o acesso gratuito à Internet em 1996. Diversas ferramentas foram criadas pelo Projeto Dosvox, em especial, de correio eletrônico, terminal remoto (Telnet), transferência remota de arquivos (FTP), bate-papo e navegação em homepages.

Do ponto de vista humano, a Internet tem um valor muito maior para os cegos do que tem para as pessoas videntes, na verdade produzindo mesmo uma redefinição de papéis e sentimentos.

O mundo tecnológico tem um grande impacto na vida de todos os seres humanos e, como conseqüência lógica, também nos deficientes visuais. Neles, entretanto, esse impacto é maior, á medida que eliminam muitas das barreiras milenares que impedem a sua efetiva inserção social, desde a possibilidade de uma educação melhor, oportunidades de trabalho mais bem remunerado e acesso a lazer e informação. A tecnologia de computação é aquela que produz resultados mais surpreendentes e que causa maiores necessidades de redefinição de valores.

O USO DA INFORMÁTICA COMO INSTRUMENTO DE ENSINO - APRENDIZAGEM

(COSCARELLE, Carla Viana)

A pressão em relação ao uso da informática se faz cada vez mais evidente em todas as áreas, e isso não é diferente na educação. A todo o momento os professores sentem que quem não for capaz de usar a informática como instrumental para o ensino-aprendizagem estará fora do mercado de trabalho. Mas quais os resultados da informática em relação à maior eficácia da aprendizagem? Os alunos realmente aprendem mais e melhor, quando fazem uso da informática?Que conceito de aprendizagem está por trás dos programas educativos? Essas são algumas questões que ainda não têm recebido a atenção que merecem.

A multimídia, em especial, tem sido a grande promessa de uma nova revolução no ensino. Muito se fala a respeito disso, mas pouco se comprova em termos da eficácia desse instrumental em situações de ensino-aprendizagem. Muita pesquisa ainda precisa ser feita, buscando informações novas a respeito da influência da multimídia na aprendizagem, para que se possa, futuramente, explorar esse recurso da melhor maneira possível com fins educacionais. Contudo, uma idéia já é ponto pacifico entre as pessoas que lidam com informática na educação: a informática,assim como qualquer outro instrumental que possa ser usado em situações de ensino – aprendizagem, depende do uso que se faz dela. Não se podem esperar milagres das novas tecnologias.

As Contribuições Possíveis para a Aprendizagem:

Muitos estudantes mostram mais interesse em aprender e se concentram mais; As novas tecnologias estimulam a busca de mais informação sobre um assunto e de um maior número de relações entre as informações; O uso das novas tecnologias promove cooperação entre estudantes.

As Contribuições Possíveis para a Função do Professor:

Se o potencial das novas tecnologias estiver sendo explorado, o professor interage com os alunos mais do que nas aulas tradicionais; Professores começam a ver o conhecimento cada vez mais como um processo contínuo de pesquisa; Por possibilitar rever os caminhos de aprendizagem percorridos pelo aluno, as novas tecnologias facilitam a detecção pelos professores dos pontos fortes, assim como das dificuldades específicas que o aluno encontrou ,com aprendizagem incorreta ou pouco assimilada.

sábado, 31 de outubro de 2009

METODOLOGIA OU TECNOLOGIA

http://www.youtube.com/watch?v=xLRt0mvvpBk

A Informática na Educação no Brasil: Análise e contextualização histórica (VALENTE)

Este texto estudado em sala de aula é o primeiro capitulo do livro: O computador na sociedade do conhecimento de José Armando Valente. Uma breve visão histórica da informática na educação no Brasil de acordo com Valente: O uso do computador na educação teve inicio na década de 70. Em 1971, foi realizado na Universidade Federal de São Carlos um seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de física, ministrado por E. Huggins. Nesse mesmo ano, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras promoveu, no Rio de Janeiro, a Primeira Conferencia Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE).

Em 1973 o Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional (NUTES/CLATES) usou software de simulação no ensino de química.

Em 1974, na UNICAMP foi desenvolvido um software tipo CAI. Esse CAI foi usado por alunos do mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, realizado no Instituto de Matemática, Estatística e Ciências da Computação e financiado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e Ministério da Educação (MEC).

Em 1975 aconteceu a primeira visita de Seymour Papert e Marvin Minsky ao Brasil, e lançaram as primeiras sementes da idéias do Logo.

Em 1981, o Logo foi intensamente utilizado por um grupo de pesquisadores liderados pela Professora Léa da Cruz Fagundes do Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) da UFRGS. O LEC foi criado em 1973 por pesquisadores preocupados com as dificuldades da aprendizagem de matemática apresentadas por crianças e adolescentes da escola pública.

Em 1982 o SISCAI (software utilizado para avaliação de alunos de pós-graduação em Educação) foi traduzido para os microcomputadores de 8 bits como CAIMI, funcionando como um sistema CAI e foi utilizado no ensino do 2° grau pelo grupo de pesquisa da Faculdade de Educação (FACED), liderado pela professora Lucila Santarosa.

Através do primeiro e do segundo Seminário Nacional de Informática em Educação, realizados respectivamente na Universidade de Brasília em 1981 e na Federal da Bahia em 1982. Esses seminários estabeleceram um programa de atuação que originou o EDUCOM, que permitiu a formação de pesquisadores das universidades e de profissionais das escolas públicas que possibilitaram a realização de diversas ações iniciadas pelo MEC, como realização de concursos Nacionais de Software Educacional em 1986,87 e 88, a implementação do FORMAR (Curso de Especialização em informática na educação) realizados em 1987 e 1989, CIED (Centros de Informática em Educação) iniciado em 1987.

Em 1989, foi implantado na Secretaria Geral do MEC o Plano Nacional de Informática Educativa (PRONINFE).

Em 1997 foi criado o Programa Nacional de informática na Educação o ProInfo. Esse programa implantou, até o final de 1998, 119 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) em 27 Estados e Distritos Federal, e capacitou, por intermédio de cursos de especialização em informática em educação, cerca de 1419 multiplicadores para atuarem nos NTEs.

Outro tema a ser “discutido” sobre a informática na educação enfatiza o fato de o professor ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimentos sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica.

Deve- se criar condições para que o professor saiba recontextualizar o aprendizado e a experiência vividas durante a sua formação, para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetivos pedagógicos que se dispõe a atingir. Essas mudanças são necessárias para que a informática e outras soluções pedagógicas inovadoras possam efetivamente estar a serviço da formação de alunos preparados para viver na sociedade do conhecimento.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Conceitos e Reflexões Sobre Tecnologia Educacional (Tajras, S.F.)

O texto “debatido” em sala de aula tem como objetivos:

· Conceituar os termos “técnicas” e “tecnologia educacional”;

· Expor a visão tecnicista e apocalíptica quanto à utilização de tecnologias na sociedade;

· Relacionar as principais diferenças entre o computador e os diversos recursos tecnológicos existentes e utilizados no ambiente educacional.

O termo tecnologia vai muito além de meros equipamentos. Ela permeia em toda a nossa vida, inclusive em questões não tangíveis. Classifica as tecnologias em três grandes grupos: Tecnologias físicas, ou seja, é inovações de instrumentais físicos, tais como livro, aparelho celular, computadores. Tecnologias organizadoras são as formas de como nos relacionamos com o mundo. Tecnologias simbólicas estão relacionadas com a forma de comunicação entre as pessoas, desde a iniciação dos idiomas escritos e falados à forma como as pessoas se comunicam.

A tecnologia educacional está relacionada a pratica do ensino baseado nas teorias das comunicações e dos novos aprimoramentos tecnológicos (informática, TV, impressos). “O inicio do uso da tecnologia educacional teve um enfoque bastante tecnicista, prevalecendo sempre como mais importante a utilização em especifico do instrumento sem a real avaliação do seu impacto no meio cognitivo e social. A tecnologia Educacional era caracterizada pela possibilidade de utilizar instrumentos sempre visando à racionalização dos recursos humanos e, de forma mais ampla, à prática educativa.” (Tajras, 2001:45)

De acordo com a autora para incorporar a tecnologia no contexto escolar, é necessário:

* Verificar quais são os pontos de vista dos docentes em relação aos impactos das tecnologias na educação;

* Discutir com os alunos quais são os impactos que as tecnologias provocam em suas vidas cotidianas. Como eles se dão com os diversos instrumentos tecnológicos;

* Integrar os recursos tecnológicos de forma significativa com o cotidiano educacional.

O importante, ao utilizar um dos recursos tecnológicos à disposição das práticas pedagógicas, é questionar o objetivo que se quer atingir, avaliando sempre as virtudes e limitações de tais recursos.

VIDEO: Geração C ”Rafinha”

Este vídeo assistido em sala de aula me faz refletir sobre essa nova geração, que passa mais tempo em um mundo virtual que com a família. Já não praticam esporte ao ar livre, dentre outras coisas. A tecnologia realmente é muito útil, mas deve ser utilizada de forma moderada.